Deliciosamente amor...

(...) intimamente tímida

na berlinda da vida;

como fosse voto de

minerva na estratégia da

emoção, tem jeito não;

labirintos esquisitos

arguindo o pensamento,

peripécias no coração;

impulsiva inquietude,

ousadia abissal,

escalada fenomenal;

quedas ocasionais, e o

amor cai, levanta,

engatinhando anda e

voa no romantismo

hipnoticamente mágico,

seresteiro, sonhador,

frenético e elétrico nos

gestos, atos e vontades;

na penumbra, silhueta

duplamente única;

encontro de curvas na

estrada simultânea do

prazer irretocável e

deliciosamente mútuo.

Marisa de Medeiros