BARULHO DO MAR
Confusa com raiva de mim mesma
Saí pela noite precisava do mar
Do barulho das ondas sempre vagos
Do silêncio da noite e do mar
Mesmo machucada com o descaso
Não sem razão mas desnecessário
Mesmo sangrando doendo
Na cabeça as vozes não se calavam
Gritavam altas demais
A caminhada foi longa
Mas ao decidir voltar
Como um animal ferido
Mesmo doída veste a fantasia
Iluminei meu mundo e voltei a luta
O sonho se foi bateu a porta
Deixando para trás uma noite longa
Mas uma mulher inteira guerreira
Silenciosamente vencendo a dor
Ergueu a cabeça sorriu e brilhou