1. RETALHOS DE PRATA
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Filhas do Tempo
São as lágrimas que rolam
Do rosto meu...
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Minha estrela apagou
Momentaneamente
Ou... para sempre?...
- Só tu sabes querido...
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Velha Árvore
A tua saudade
Me consome...
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Saudade
De um abraço terno e imenso
Que só tu sabes dar...
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Perdição
é este Amor infindo
que tenta me sufocar...
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Debaixo da Acácia em flor
Tu me juraste eterno amor!
Onde anda tal promessa?!
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Pássaros selvagens se afastam para longe
Em revoada.
Com eles vai meu coração...
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O pássaro cego canta belo.
Todos se alegram ao seu som.
Só ele chora em suas órbitas vazias...
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Como "A Raposa e as Uvas"*
Tu só me achas defeitos...
(Nota *: Referência à Fábula A RAPOSA E AS UVAS)
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Qual Prometeu acorrentado
Meus sonhos todos
Me fizeram eterna prisioneira.
- Onde andará o Carcereiro?!
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Enquanto ele constrói a sua História,
Em sua Zona de Conforto acomodado,
Quer que eu me perca da minha...
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Sol de verão, castigas mais que o Simum.
Mas não te apago de mim
Em momento algum...
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Estão destruindo o Planeta Azul
Enquanto pássaros fugazes
Voam para o Sul...
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Qual o Enigma da Esfinge, desvenda-me!
Terás mais de mil tesouros escondidos
Que serão só para o teu prazer!
- Mas tens uma preguiça de pensar...
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No Jardim das Águas Claras
Há uma Fada faceira
Chamada Felicidade.
Mas só os que se esforçam
Chegam até lá...
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Não vivas do Passado: já não é mais teu!
Não vivas no Futuro: é óbvio, não chegou!
Vive no Presente! Abre o teu pacote!
E verás ali o que a ti restou...
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Não queres deixar pegadas no caminho.
Mas tudo o que é superficial
É efêmero... e se desfaz quais bolhas de sabão
E delas não ficam rastros... Nem lembranças!...
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Procura o cerne da Árvore:
Lá está a Seiva da Vida!
- Por que te contentas apenas
Em ser a casca?!...
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