DOR QUE NÃO DE EXPLICA


Sinto dor.
Dor que não se explica.
Se será passageira não sei.
Se dormisse, dela esqueceria,
Mas a insônia impede que me livre dela.
Ela já corroeu um pedaço de mim,.
Não sei bem qual parte.
Aperta aqui, aperta ali e acolá.
Meus pensamentos  já me disseram pra parar,
Sair na rua pra conversar.
Mais desisti.
Não seria boa companhia.
Nem saberia o que falar.
Saí um pouco
Fui na venda comprar sazom,
Pra pôr na sopa.
Vou comer pra ver se passa.
Mas acho que não.
Não é fome.
Se tivesse companhia para degustar a sopa
Talvez pudesse amenizar.

Já sei! Vou convidar a solidão.
Porei um prato a mais na mesa
Se ela não comer, eu como.
Outro dia coloquei um prato a mais na mesa
Era lasanha.
A solidão sentou ao meu lado
Mas nada comeu.
Tive que colocar pro cachorro que passava pela calçada.
Ela não reclamou.
Aliás, nunca reclama.
Falta-lhe apetite.
Se fosse como eu,
Se gostasse do meu tempero,
Seriamos melhores companheiras.
Comeríamos até nos fartar.
Uma indigestão iria nos causar.
Indigestão mata?
Se alguém souber, responda.
Estaremos aqui por algum tempo pra ouvir sua resposta.

Eu e a solidão estaremos esperando.
 
Boa noite solidão,

Há entendi... Tu hoje vai dormir comigo né?



 
Jorgely Alves Feitosa
Enviado por Jorgely Alves Feitosa em 29/01/2013
Reeditado em 19/10/2018
Código do texto: T4112928
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