SAPO CURURU
As moças que agora vejo.
Vejo que são velhas moças.
São árvores das planícies
Não podem me fazer feliz
Todas são moças vazias
Toca do meu bem-te-vi
Voa a nuvem azul do meu céu iluminado
Nuvens negras, seres alados.
Peles que não suam mais
Não sei como este amor foi ficar assim
Todo nublado querendo chover.
Pinga meu coração.
Mas que coração de cera!
O fogo do nosso amor
O torna mole, derretido.
Meu coração vê com olhos de sucuri
Minha alma é um deserto
Há meia hora não vejo ninguém
As moças do meu bem-te-vi onde estão?
Beijo a que for a heroína,
A que me der uma prova de amor.