SAPO CURURU

As moças que agora vejo.

Vejo que são velhas moças.

São árvores das planícies

Não podem me fazer feliz

Todas são moças vazias

Toca do meu bem-te-vi

Voa a nuvem azul do meu céu iluminado

Nuvens negras, seres alados.

Peles que não suam mais

Não sei como este amor foi ficar assim

Todo nublado querendo chover.

Pinga meu coração.

Mas que coração de cera!

O fogo do nosso amor

O torna mole, derretido.

Meu coração vê com olhos de sucuri

Minha alma é um deserto

Há meia hora não vejo ninguém

As moças do meu bem-te-vi onde estão?

Beijo a que for a heroína,

A que me der uma prova de amor.

Aldeir
Enviado por Aldeir em 29/01/2013
Código do texto: T4112222
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