SUPREMACIA DO AMOR
(Sócrates Di Lima)
Ao depois dos sonhos, a realidade,
Consumismo da alma,
Que a saudade invade,
Como se o amor é da mão, a palma.
Sem amor não há saudade,
E sem saudade não há partidas,
São as nuances de um amar em verdade,
Nas chegadas e idas.
Ao depois de tudo,
Um começo de vida,
O tudo de faz novo, sobretudo,
O querer amar, sem ida
Mas a vida tem seus encantos,
O amor é o maior deles,
E quando há os desencantos,
Pior não há, sem ele.
O amor é uma semente,
Semeada numa alma fértil,
E somente cabe a gente,
Faze-lo crescer e ser mais rápido que um projetil.
Ao depois do amor,
Não há nada a se pretender,
Pois amar é dar valor,
Quanto e porquanto, essse amor merecer.
Que o amor na minha vida invista,
O faça de corpo e alma nua,
Para que o bem amado me vista,
De todo o amor que ela tenha na alma sua.
Ao depois, tudo é alegria,
Tudo é beleza e fantasia,
Tudo se faz no invólucro da magia,
Versado nos cantos da poesia.
E quem ama está sujeito a tudo,
Aos temperos e destemperos da convivência,
Mas o amor faz a diferença até no absurdo,
E resolve tudo quando o amor é a inteligência.
O amor é como a flor,
Sublime e bela,
Possui todas as formas de ardor,
Quem ama não se flagela.
Quem ama conhece cada passo do amar e dá valor,
Quem ama convive com a saudade e com a dor,
Quem ama faz a sua felicidade sem pudor,
No antes, durante e depois,a supremacia do amor.