INERTE
lisieux
Deixa-me aqui,
sozinha com meus versos
nos adversos
caminhos da saudade...
Por piedade,
permite-me sonhar
e poetar
minha tristeza pela noite.
Deixa-me o açoite
do vento nos ouvidos
os meus sentidos
embaçados pela dor
e o desamor
da tua tua vil indiferença.
Deixa-me a crença
que rimar conforta
pois só me importa,
relembrar teu beijo...
breve lampejo
nesta noite
morta.
BH - 07.08.05