Perdidos na Chuva

Chuva que cai, sobre minha

janela, assim, tão fria...

Tempestade, cai sem parar

sobre nossas almas vazias.

Olhos que correm, atras das

luzes, em toda a cidade.

Nos cantos escuros busco a

tua claridade.

Pois onde estão teus passos,

que me guiavam pela vida?

E onde estão teus abraços,

que não deram despedida?

Vejo teu rosto, pela chuva

iluminado,

vejo tua face, de lágrimas

manchada.

E ouço tua voz, que soa tão

distante...

Vejo tua pele, tão marcada,

e a maquiagem, desgastada.

Eu vejo-te em meus braços,

neste instante.

Noite de insônia, e dores de

momentos;

o vento, traz pra perto teus

lamentos.

Teu riso, lembrança que não

envelhece.

Tua pele marcada do tempo,

que, com o frio, empalidece.

De repente, por apenas um

breve segundo,

nossas almas se reúnem, tão

longe deste mundo.

E eis que a nossa tristeza é

tomada por tantas emoções...

Que nós, perdidos na chuva,

unamos os nossos corações...