Nossa Dança do Amor

Não é apenas mais um dia

este que a chuva me banhou,

que em teu seio criei abrigo.

Mesmo diante das dificuldades,

diante do passado

que já nem lembro,

ele ecoa no silencio da mente

onde nada é guardado.

O fato é que a chuva caia,

lá fora o tempo corria,

pude perceber

que o tempo parou.

Olhando em teus olhos

em meio a penumbra

que cintilavam como a lua.

Meio ao desejo,

você me teve

como essência,

não como mero instrumento

de carência.

Estou vivendo em regressões

em alguns momentos

nostalgia da harmonia

da dança dos corpos

da dança do amor.

De nada vale existir

sem você para dançar

as noites de lua cheia.

De nada vale respirar

essa atmosfera fria

sem teus ofegares para aquece-la

Desta abstinência

eterno viciado sou

desmanhecido

sem tua alma para me guiar.

Escute o sussurra

das vozes de meus tormentos

que rompem o firmamento

apenas para ofegar,

palavras inerentes

dos lábios afadigados

soando ao relento

que preciso te ter.