Ocorreu-me a tua saudade...
Ocorreu-me a tua saudade...
Sutil e contundente, como
A pedra afiada no rio da alma.
Sinto-a, mas não estou aflito.
Refletida no espelho do meu olhar,
Ela brinca de malabarista
Nos infindáveis segundos do encanto:
Mantendo, assim, em suspenso,
O frágil equilíbrio da existência.
Aspiro a todas as frações de tempo
Que me são dadas na tua essência:
Ocorreu-me a tua saudade,
Pela simples convergência
De todas as nossas sincronicidades.