É ele!
É ele!
Eu vi nos olhos da noite companheira
a estrela morta fria como eu.
Recordo vivo de palavra e de passado
e tudo aquilo que ainda não viveu.
Ao me lembrar, trago viva a memória
vertendo em dor toda história.
Desta saudade azima fremente,
de um passado em pedaços e sem glória.
Toda palavra do meu canto, é amor,
no desígno da solidão e da saudade.
O que eu escondo o que eu não falo é
seu nome, ácido que corroe e arde.
O silêncio ecoa pelas brumas
os pássaros com medo se escondem.
Eu já nem sei o que fazer destas lembranças
sonhos de sonhos famintos, que vem de longe.
Lakshmi
(L.T.