A Bacante e a Poetisa

A Bacante despe-se da Poetisa e

sobre o palco encena outros desejos.

Quiçá o Mestre Dissoluto esteja

na plateia, sentado

– mero espectador – observando

o desenrolar da cena.

O tempo, quente, úmido,

não consegue abafar a

natureza das velhas reminiscências,

de um fresco e ainda nítido passado

que sobrevive na memória de

ambos – Mestre e Bacante,

Onde a Poetisa?

Ela, agora, traça esses

versos no papel maculado

por ideias e, assim como o Mestre,

faz-se de espectadora

do poema escrito a

quatro mãos.

Rita Venâncio
Enviado por Rita Venâncio em 24/01/2013
Código do texto: T4102972
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