A Bacante e a Poetisa
A Bacante despe-se da Poetisa e
sobre o palco encena outros desejos.
Quiçá o Mestre Dissoluto esteja
na plateia, sentado
– mero espectador – observando
o desenrolar da cena.
O tempo, quente, úmido,
não consegue abafar a
natureza das velhas reminiscências,
de um fresco e ainda nítido passado
que sobrevive na memória de
ambos – Mestre e Bacante,
Onde a Poetisa?
Ela, agora, traça esses
versos no papel maculado
por ideias e, assim como o Mestre,
faz-se de espectadora
do poema escrito a
quatro mãos.