Segundo Ato

Lânguida, sem pudores

deito-te flores

deixo-te em febre.

Roço em tua carne

minha carne quente

e ardemos juntos

compondo versos.

Suaves beijos

brincando corpos

Tórax, seios, mordidas leves

Desenham cópulas

marcam presença

nos lençóis cúmplices

do amor e sexo

Entre gemidos e sussurros

profanamos templos

ecoamos ecos

Entrega e busca

num tablado ousado

Somos arqueiros

do arco e flecha.

Enfim exaustos,

saciados e atentos,

trocamos beijos,

carícias e afetos.

Nossos corpos amornam.

Plenitude, em tese.

È que o recomeço, sempre acontece...