Minha pressa
Quero novamente nossos corpos juntos,
desfrutando do mesmo espaço,
sentindo o desejo consumir-se,
esvaindo de teu corpo tuas forças...
tua languidez me alucinando os sentidos,
e nós, ali, sem sermos ouvidos,
numa entrega absoluta, justa,
num tempo que tarda e custa,
toda essa espera que não cessa.
E, se acaso, teu voo for mais alto,
por causa da saudade que nos desnorteia,
me ame, me prenda nessa tua doce teia!
Sinta meus tremores sobre teu corpo abatido,
cansado, sôfrego, satisfeito e rendido...
e entenda de vez que nada pode separar,
duas almas que nasceram para se amar.
Nenhuma mágoa reterá nosso querer,
nenhum encontro diminuirá a minha pressa...