Pranto Sedução
Saio da solitude em amiúdes cortejos,
Feito um realejo na praça daquele velho convento,
Hoje mosteiro de versos e reversos eternos
Navegantes dos templos sussurrantes paixão!
Surge da uva vinho branco, opereta...
Ansiosa dos meatos, gostosa sofreguidão,
Guia d’alma, apelos condão no peito, nos veios
Entre seios provedora canção!
Da fruta doce fantasia, gloria ao gemido
Soltando-se do olhar em falsetes cardinais
Pela pele despida, meu par, botequim ao luar,
Quiçá da face úmida, lágrima única!
Do gorjear da noite pela janela
Baila cortina, brisa repentina, teu ais em luz
Radiante coração, plenitude lei amor
Em côncavos e convexos, entre beijos e beijos,
Salve-se os ventos em tempos de magia imensidão!
Que chova pétalas pelo ninho,
Na seda, organza, nossa dança
Em miçangas, lantejoulas, teu amar
Meu calar pela aura, alvura poesia!
23/01/2013
Porto Alegre - RS