FALTA

E a falta nos transforma no oposto de nós mesmos

No obscuro de nós mesmos

Nos medos de nós mesmos

E a falta, só ela mesma, nos traz de trás para frente

Só ela mesma para fazer essa graça sem graça de nossa existência

E só é ela quem não faz falta,

Sim é ela... nossa cara colega: a visita mais indelicada

E a falta é exemplo do que falta

É o buraco que mostra o nosso pedaço mais querido que FALTA

É o seu motivo por si só e nem sempre é causa do dono

Ou quem sabe seja ela sempre causa de outra falta do dono

E é de fato a falta da ponta de uma meada,

dando uma forma arredondada de existência que não fecha o círculo

nem muda de fato sua forma

É a falta, aquela amarga gota de remédio

que nos faz querer melhorar a qualquer custo

ou nos faz perder as esperanças

e cairmos no marasmo da memória do que seria isso que tanto nos FALTA

É a falta aquela coisa sem sentido que não entendemos afinal ela nos falta

E adoraríamos ter, afinal não temos muito alem da certeza de que coisas nos faltam

É, acho eu, que a falta é o ponto de convergência da razão e da emoção

Ou mesmo de divergência entre dor e alegria do que se tem ou queria

Do que se perdeu ou ganhou

É... talvez, ao que parece, de regalo de certeza e harmonia

A falta seja simplesmente o ponto de desejo do sossego

misturado com o ponto de angustia que em meu coração o canto de peso invade

É a falta aquele desejo de alcançar o que falta

É o desejo de poder ter o melhor de mim e bom...

É isso mesmo, esse pedaço é você,

JUSTAMENTE O QUE ME FALTA

Ass: Danielle Rodrigues Guimarães

Danielle Rodrigues Guimarães
Enviado por Danielle Rodrigues Guimarães em 22/01/2013
Código do texto: T4099137
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