Hibernando
Andei perdido em outra galáxia,
minha órbita alterada me afastou de você.
Fiquei rodando, sem mais nem porquê,
perdido numa noite desconhecida,
sem estrelas, sem céus, perdi minha vida!
Senhor do tempo que a tudo condensa!
Esse sou eu, e você, o que pensa?
Acreditaria em mim, dessa vez, de verdade?
Ou me condenaria por tudo o que não tem a ver?
Esperamos ou faremos acontecer?
Ilusões no trajeto, curto foi o percurso.
Me fiz de objeto, isolei teus caminhos.
Em tão curto espaço conheci os espinhos,
que fizeram da falsa rosa o último recurso!
Volto para a caverna e adormeço o meu urso...