Olhos de fogo

Olhos de fogo

Ainda hoje desde antanho

eu penso em você todos os dias.

Antes era dor de cruel tamanho

que eu quase morria.

Sentia-me desgastada louca alienada

em toda gente eu te via.

Mas ao passar do tempo virei uma

névoa parada, uma tristeza,

que se infiltrou em m'alma.

Um dia qualquer eu não lembro

eu vi a sanidade passar, calma,

virando-se para traz

ela olhou-me prepotente

como se eu não fosse gente

e nem precisada de paz.

Hoje guardo de ti a lembrança

mais bonita numa melancolia calma

que as vezes se agita

quando te vejo, e meus olhos não te fitam.

Um sentimento antigo acorda recordando tudo.

Eu sigo em frente aguerrida sentindo teus

olhos de fogo, temendo estar perdida, querendo voltar,

olhar, ter de novo inteiro o meu coração.

Mas não posso mais com teu amar volúvel que

me causava tanta desilusão.

As tuas ausências doloridas, o ar vazio,

o silêncio, agonia, o medo,

que açoitava de dor a minha solidão.

Lakshmi

(L.T.)

Laskhmi á Deusa
Enviado por Laskhmi á Deusa em 22/01/2013
Código do texto: T4098452
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