O acabar da felicidade
O acabar da felicidade
Ando louca apressada,
perdida, alienada
no meio da multidão.
Pessoas de todos os matizes,
com seus remendos, deslizes
pobres almas em confusão.
Não me vêem nem me sentem
não notam que estou carente,
olhos que me olham vazios
adversos a paixão.
Rostos neutros sem vontades
pesados sufocados
sem calor sem emoção.
Estranha e doentia é a vida,
uns chegam outros vão.
Ficamos as vezes sem chance,
sem saída em deriva,
bem distantes das razões.
Vivemos em turbulências,
amarguras com mais frequencias
do que paz, amor ou perdões.
E nos fugazes momentos
que temos nuances de felicidade
sonhamos somos metades
embora cegos, na luz confusa dos karmas,
na verdade, todos os dias,
fragilidades entram em ação.
Algo vem não sei de onde
do ceu, da terra, de longe
monstros, miasmas, das paredes e no chão.
E a felicidade acaba!
Os sonhos em derrocadas,
areia escorrendo entre os dedos.
Morre o amor em um dos corações.
Lakshmi
(L.T.)