O acabar da felicidade

O acabar da felicidade

Ando louca apressada,

perdida, alienada

no meio da multidão.

Pessoas de todos os matizes,

com seus remendos, deslizes

pobres almas em confusão.

Não me vêem nem me sentem

não notam que estou carente,

olhos que me olham vazios

adversos a paixão.

Rostos neutros sem vontades

pesados sufocados

sem calor sem emoção.

Estranha e doentia é a vida,

uns chegam outros vão.

Ficamos as vezes sem chance,

sem saída em deriva,

bem distantes das razões.

Vivemos em turbulências,

amarguras com mais frequencias

do que paz, amor ou perdões.

E nos fugazes momentos

que temos nuances de felicidade

sonhamos somos metades

embora cegos, na luz confusa dos karmas,

na verdade, todos os dias,

fragilidades entram em ação.

Algo vem não sei de onde

do ceu, da terra, de longe

monstros, miasmas, das paredes e no chão.

E a felicidade acaba!

Os sonhos em derrocadas,

areia escorrendo entre os dedos.

Morre o amor em um dos corações.

Lakshmi

(L.T.)

Laskhmi á Deusa
Enviado por Laskhmi á Deusa em 21/01/2013
Reeditado em 23/01/2013
Código do texto: T4096330
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