LEMBRANÇA DE UM OLHAR

Hoje enxugo as lágrimas da chuva que chora copiosa.

Na cumeeira a coruja rubra e, no céu o cavaleiro gentil.

Que se abram as portas do céu e deixem-me entrar...

Não há castigo ou chibata, não há grito que atordoa pardais.

Por trás das verdes rochas, olhos semi-cerrados e um sorriso...

Não há tempo que faça-me esquecer...

Das mãos forjadas no aço, das vestes negras ultrapassando espaços...

Ah! Permita-me por uma noite...

Quem me dera ser a tua senhora ou mesmo uma rosa em tuas mãos...

Hoje sou folha que desprende-se ao vento - carregada de emoções...

Dor sem explicação, apenas vácuo, espaço e a saudade.

Outrora, passado, lembranças e agora? Somente o teu doce olhar...

O herói estampado na face - palavras ponderadas, medidas e perdidas...

Será que está em algum Norte? O amor é morte?

Se assim o for, eu terei a sorte?

Quantos caminhos terei que trilhar?

Nada até agora! Suspiros e suspiros...

Eu quero sim o arrebatamento dos teus beijos.

Finalmente ferver o sangue em minhas veias...

Não é ladrão. Mesmo assim roubou o meu coração.

O véu da noite desfaz-se, esvaindo em solo fértil tão grande emoção.

A quem mais direi tudo isto? Quero-te e repito, quero-te - meu amor.

Zyrennah
Enviado por Zyrennah em 20/01/2013
Código do texto: T4094436
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