Brisa
De repente chegas, espalhando meu cabelo,
E acalma-me... Suave, tranqüila,
Como se os deuses a mandassem, de uma só vez,
Com o frescor do amor que em mim se renova...
Em cadência constante, deixas sensações
Em meu ser. Intensas... E as efígies dos velhos
Amores de novo vêm. Ainda bastante vivas,
Outras já extintas, algumas indefinidamente
Perdidas no mundo dos anjos...
Meu coração clama por desejo extravagante...
Do meu exato amor o retorno, desejo não do corpo,
Não do físico, simples dissimulação do encanto...
Do espectro, casto, constante, como te apresentas.
E que por ela fosse levado. Com todo amor
Que trago dentro do peito...
E que por amargura, o amor jamais fosse orvalhar.