Brisa

De repente chegas, espalhando meu cabelo,

E acalma-me... Suave, tranqüila,

Como se os deuses a mandassem, de uma só vez,

Com o frescor do amor que em mim se renova...

Em cadência constante, deixas sensações

Em meu ser. Intensas... E as efígies dos velhos

Amores de novo vêm. Ainda bastante vivas,

Outras já extintas, algumas indefinidamente

Perdidas no mundo dos anjos...

Meu coração clama por desejo extravagante...

Do meu exato amor o retorno, desejo não do corpo,

Não do físico, simples dissimulação do encanto...

Do espectro, casto, constante, como te apresentas.

E que por ela fosse levado. Com todo amor

Que trago dentro do peito...

E que por amargura, o amor jamais fosse orvalhar.

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 11/03/2007
Reeditado em 12/03/2007
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