Não haverá vida sem amor.
Um dia tudo isso vai parar
Eu sei que vai
Então os meus receios vão ter fim
Os teus também, pois,
Já não terão sentido.
Eu já não terei sentido
Ou sentirei nada
Um dia o sol vai brilhar como sempre brilha
Mas não vai importar
A lua estará linda na noite estrelada
Mas não será mais admirada
Por estes meus olhos já não estarem aqui.
Eu sei que este dia chegará
Ai então descansarão meus perseguidores,
Incansáveis vozes que me acusam!
Então descansarão os que me julgam.
Me caluniam e, ao acaso, depõem contra mim.
Eu sei que tudo isto terá então um fim.
E vai parar de sangrar esta ferida aberta.
- Pois já não haverá sangue em minhas veias!
E o arder das paixões cessará.
- Pois não haverá mais coração em meu peito!
Oh! Doce dor da paixão, doce carinho do amor!
É mesmo melhor não ver tudo isto cessar.
Pois como poderia viver sem paixão, sem calor?
Seria a vida tão sem razão que não se sustentaria.
Acusam-me de amar demais, querer demais.
De ser um eterno apaixonado; que tamanha ousadia!
Nunca me contetei com falta de amor, carinho.
Não aceitei ser deixado de lado, falando sózinho.
Jamais aceitei os restos que me ofereceram.
Sem sabor ou com falta de tempero, de amor.
Sempre preferi sofrer a solidão que o falso amor
Agora que me façam juramentos falsos e chorem
Ou que nao chorem; apenas lamentem, seja como for
Sintam pena dos pobres; que sempre morrem.
Se acabam no mísero triunfo da morte sobre o homem.
Sintam-se melhores, pois sobreviveram a mim!
Iludam-se com os poucos dias que ainda lhes restam.
Dias de glória vazia e fria dos que se contentam,
Dos que vivem sem o calor, esta verdade que detestam!
Não haverá vida, sem amor!