Roupão, Penhoar de Amar
Gentil alvo quadrante,
Hoje deserto em tarde sombria,
Vida minha em lamentos, deslumbre
Alma cintilante, vindima mutante
Teu renascer em versos errantes!
Que seja branco alado corcel de asa cortante
Trazendo-te em carruagem de esmeraldas,
Das margens do mediterrâneo, lilases violetas,
Sobre ninho pétalas colorindo paixão!
Ao vento echarpe floral, ouço teu ais!
Não existe morte
Sem ao aparecimento da flor
Em dor, em amor, em codinomes
Lidos ao sussurrar do luar!
Olhar sorridente, atlântico coração
Em cânticos, clássico romance lá maior,
Opus amar, primeiro movimento, teu beijar
Seio ancião, belo como a luz aurora ebulição!
Porto sublimar, o corpo teu, favos de mel,
Palavras do Menestrel, teu céu em devaneios
Luminar, teu afagar pelo mar do orar!
18/01/2013
Porto Alegre - RS