CONVIVÊNCIA COM O SILÊNCIO
No silêncio que vivo tenho aprendido muitas
coisas, conviver com meu romance apesar
de que não houve história, e sorrir
com elas que nada representaram.
Das ruins tenho passado de largo,
não adianta recordar e nem insuflá-las,
pois elas tem poder de destruir a paz
que em mim encontra-se quase renovada.
Tenho me esforçado para ofuscar as garras
da taciturnidade que são favas contadas, mas ainda
me encontro mergulhado na angústia lacrimosa,
nos ermos dum afeto abandonado.
A luta é desigual e nesse confronto
entre o bem e o infausto, o perfume das flores
tem se realçado com maior frequência,
e as estrelas brilham com maior fulgor,assim penso...
Creio que próximo está o dia em que vou
empunhar a bandeira como sinal que
venci minhas intimas batalhas, e será
uma hora feliz, elas sempre foram adiadas...