Doce você...

tão nua, escuridão da rua;

sem lua, estrelas, centelha,

breu da noite, assim como

solidão que é açoite;

sensibilidade a flor da pele;

madrugada cochilando,

intuindo a imaginação,

brincando de esperar o

sol nascer trazendo

amor, doce você;

amanhecendo meu ser,

emaranhando o querer;

é tanto sentir, tudo que sei

quanto aprendi amar

de todas as maneiras;

fantasias, quimeras

esperam o encontro do

toque com requintes no

retoque, tocando fundo

corpo, alma, coração;

e, a noite vira festa nas

trincheiras do prazer

explodindo amor.

Marisa de Medeiros