Ao som da lira
Ao som cristalino da lira
embalo pensamentos num desejo insone
de edificar versos com a força de um ciclone
com palavras depuradas no fogo da pira
Removo as águas barrentas que inundam o poema
quero versos desabrochados em flores musicais
Poesia cantada, solfejada com o brilho de cristais
Preciso da fonte límpida que flui serena
Desejo versos tecidos com simplicidade
Em lirismo avantajado e incontestável
Pois sem o som da lira, não há poesia desejável
Não há entre o poeta e a sua obra qualquer cumplicidad