As minhas flores
Com o sol desmaiado sobre o jardim
Eu sobre a soleira da porta chorava
E então senti o cheiro do jasmim
A puxar prosa
Comecei a contar-lhe minha vida
Minhas tristezas e alegrias
Enquanto uma rosa vermelha
Olhava-me inquieta
E corando perguntou porque tamanha dor?
E respondi que vermelha como ela
Eram as lágrimas que eu derramava por amor
E para me acalentar ao sabor do vento se pôs a dançar
Tomei do jardim uma margarida
E então a consultei sobre sim ou não era por ele amada
E uma por uma as pétalas arranquei
E ela por fim respondeu não
As lágrimas caíram sobre a terra
Enquanto o coração indagava aos céus
Porque nasci poeta, nasci para o amor
Antes não tivesse coração...
...Assim não teria essa dor que há em mim.