A relíquia na mente
Tem sido e vai ser! Mil vêm a padecer em busca da ilusão:
desejam, lutam conquistam, mas a verdade é que nunca terão.
De matéria por matéria, da matéria a matéria...
A riqueza que tu ao longo e ao muito guardavas
Para quê? Se de verdade, isso de nada valha!
A minha relíquia vale mais que tesouro em mil baús!
É na mente que sede a pele... É a olho nu!
O que eu guardo não se toca. De mim ninguém pode usurpar:
A imagem de um corpo trêmulo, parado, e eu com medo de tocar.
Na gaveta da mente que ela deve sempre estar.
meu anjo puro, no escuro de suas vestes, já sem.
como eu queria ali a te admirar poder ficar!
Primeiro dia, primeira noite e primeira vez também...
te guardei em mim. Foi assim, é assim e assim será.