Atalhos
Sucumbi á tua vontade.
Escolhi o caminho,fiz escolhas.
Nem sei por onde começo...
As curvas,atrapalham a minha direção.
Fazem da minha razão,atalho.
Ai,eu me atrapaho,tentando te encontrar pelo caminho.
Mas,as pedras são perfeitas...
Elas desviam-me.
Não sou eu quem desvia delas.
Meus braços,são troncos pelo caminho,
e as folhas,são a minha vontade...
Queria ser folha agora,
Soltar-me,levitar,amanhecer em mim,
Sem atalhos,sem rumo certo.
Percorrer ao sabor do vento,da ventania.
Não ter pressa de chegar á lugar nenhum,
que não fosse os teus braços.
Os teus troncos,as tuas folhas em meu rosto.
Queria que me escolhesse como atalho,
Me percorresse,me seguisse...
E nesse passeio,seríamos riacho talvez,
Seríamos o sonho da lucidez.
A nudez da poesia...dos nossos atalhos.