Atalhos

Sucumbi á tua vontade.

Escolhi o caminho,fiz escolhas.

Nem sei por onde começo...

As curvas,atrapalham a minha direção.

Fazem da minha razão,atalho.

Ai,eu me atrapaho,tentando te encontrar pelo caminho.

Mas,as pedras são perfeitas...

Elas desviam-me.

Não sou eu quem desvia delas.

Meus braços,são troncos pelo caminho,

e as folhas,são a minha vontade...

Queria ser folha agora,

Soltar-me,levitar,amanhecer em mim,

Sem atalhos,sem rumo certo.

Percorrer ao sabor do vento,da ventania.

Não ter pressa de chegar á lugar nenhum,

que não fosse os teus braços.

Os teus troncos,as tuas folhas em meu rosto.

Queria que me escolhesse como atalho,

Me percorresse,me seguisse...

E nesse passeio,seríamos riacho talvez,

Seríamos o sonho da lucidez.

A nudez da poesia...dos nossos atalhos.

Luciane Lopes
Enviado por Luciane Lopes em 11/03/2007
Código do texto: T408812
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