O Pêssego e a Amora

Que seja simples como um sorriso

e profundo feito um olhar;

e que jamais seja preciso

sorrir apenas para não chorar!

Que as palavras venham tranquilas

e que o silêncio não vá embora!

Que seja pêssego, ao ouvi-las...

e, ao fala-las, que seja amora!

Que o medo não seja escândalo

e que a proteção não tenha algemas!

Que se faça sempre um triângulo

entre o amor, a fé e os problemas!

Que a distância possua elasticidade!...

E que a solidão, não se contraia!...

Que não seja rompida a saudade!...

E que a fidelidade, não caia!

Que a insegurança não envelheça

com suas rugas de ciúme!

E que, na pele da ternura, não apareça

nenhuma mancha de azedume!

Que o perdão seja sempre oferenda

e, jamais, seja um pedido;

mas, se for, que o perdoado não se ofenda

com o perdoar do ofendido!

Que a tristeza não disperse

o que a alegria reunir;

e que a lágrima seja uma prece

pela certeza de novamente sorrir.

Que o amor ame também;

com a mesma fome de ser amado;

e que o alimento seja o do bem...

para o alimentador e para o alimentado.

12-01-2013

Torre Três (R P)
Enviado por Torre Três (R P) em 16/01/2013
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