Na escura noite de minhas penas
a dor é melodia a propagar-se no espaço...
Um canto baixo e sufocado...
Entoado por um pássaro febril
ressentido em sua gaiola de carne...
E o dia nasce na rima de uma poesia
Um tanto de liberdade encontra o pássaro na arte
A tristeza transforma-se em alegria
E a escuridão dissolve-se na luz deste iluminado dia
A aurora ergue-se purpura e esperançosa
em uma canção que fala de amor
No compasso de meu coração
O canto (que à alma causa encanto) salva-me da dor!
O frescor desta milagrosa manhã convida-me à voar
Como tivesse eu asas em meio a tanta pena...
Como fosse eu mais que poeta
fosse todas as letras santas de um poema!
E sem aviso as nuvens tornam-se negras
As lagrimas choradas em minha noite de agrura
Evaporaram-se, tornaram-se chuva...
-Ouço cantos...Donde vem o pranto?
-Ouço vivas...Donde vem o Riso?
Tristezas e alegrias são momentos
Vão e vem assim como nuvens ao vento...
Os momentos sim...Mas a liberdade em poesia...
Essa...Não tem fim!