VIVER DE QUIMERAS
Os contornos que compõe os relevos
de minha vida encontram-se destoantes,
ainda não vejo o céu límpido , o qual serve de
pista para o surfar dos passarinhos.
Também não vejo as cores vivas que dizem
das flores, a beleza da luz passeando
sobre as nuvens, talvez seja a depressão
que vive a minha alma.
Não sei explicar o motivo desse distúrbio
que me atinge, quiçá seja porque me
classifico como último dos moicanos no
campo afetivo, que entende que o primeiro
tesão deve perdurar por toda uma existência...
Creio ser verdadeiro minha posição, sou sim
uma espécie em extinção, que sonha ao
som de uma canção, que vibra com uma
poesia onde existem os motivos de uma afeição.
Vivo o presente com coisas do passado,
com coisas tão belas que não existem mais,
que são propriedade dos fantasmas, talvez
até seja um deles por viver de quimeras...