Novo dia
Era de madrugada, acordou estava sozinho
O vento uivava nas frestas da porta
No telhado a chuva caia bem de mansinho
De repente, da treva fez-se aurora
E o amor foi-se chegando bem devagarzinho.
Sob nenhuma condição sentiu-se em calmaria
Levantou e debruçou-se na janela
Contemplou a paisagem sem nenhuma rebeldia
Viu a bandeira da paz em verde-amarela
Logo se fez poeta do amor para viver novo dia.
Ao seu ver, a esperança não tinha mais cor
A vida seguia seu curso normal
No jardim cantava o pássaro colhendo o necta da flor
Entre o silencio e a barafunda o amor era total
Da treva fez-se clarão cantando hino de amor.
Desarmado de todo mal, sentia-se agora refeito
Seu coração naquela hora era só alegria
O amor que sentia vagava dentro do peito
Oferecendo-se o que havia de melhor naquele dia
A que os sonhos fossem para todos do mesmo jeito.