Novo dia

Era de madrugada, acordou estava sozinho

O vento uivava nas frestas da porta

No telhado a chuva caia bem de mansinho

De repente, da treva fez-se aurora

E o amor foi-se chegando bem devagarzinho.

Sob nenhuma condição sentiu-se em calmaria

Levantou e debruçou-se na janela

Contemplou a paisagem sem nenhuma rebeldia

Viu a bandeira da paz em verde-amarela

Logo se fez poeta do amor para viver novo dia.

Ao seu ver, a esperança não tinha mais cor

A vida seguia seu curso normal

No jardim cantava o pássaro colhendo o necta da flor

Entre o silencio e a barafunda o amor era total

Da treva fez-se clarão cantando hino de amor.

Desarmado de todo mal, sentia-se agora refeito

Seu coração naquela hora era só alegria

O amor que sentia vagava dentro do peito

Oferecendo-se o que havia de melhor naquele dia

A que os sonhos fossem para todos do mesmo jeito.

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 11/03/2007
Reeditado em 11/03/2007
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