O AMOR É INVENCÍVEL

Um dia andaremos pela hora incerta

Deixaremos a porta aberta

O relógio não mais marca a hora

Acabou a hora da pilha

A ilha está distante da trilha

Ficamos pelo meio do caminho

Sem conhecermos seu principio e seu fim

Viver é alinhavar corpos com almas de cetim

É criar peso ater-se ao chão de benjoim

É libertar-se preso pelo coração

É sobretudo nada se não for para amar

Sem a essencia do amor

Só existe tralha e talha de camucim...

Ah! Amar é tudo é sair de si

O amor é o oxigênio da vida

É flutuar em frenesi noutra dimensão

É rir por nada e por convicção

É estar noutro corpo em tépida imersão

É se amalgamar como terra e mar

Tudo vale apena pelo êxtase da leveza plena

De se poder amar em mares de açucena

só ele cria peso pra esta vida continuar leve em seu fardo

Como uma pena que o vento embala

Sem cardos rasteiros pra se segurar

Qual um colibri dourado pelo sol morno do amor sentido

Chiando dentro do peito ardido sem que pra voar tivesse crido

É chuva depois de haver caído

Deixa tudo mais limpo e branco como pó de amido

Vai levando a sujeira do mundo

Para o abismo do submundo

Vai renovando o verde das árvores

Assuntando o coração como um vulcânico saltar

Toda loucura de amor faz a gente refrescar e levitar

Toda loucura de amor no ciclo das existências

É gente envolvida dentro da gente neste tempo presente

Só o amor traz o futuro de volta e sem ânsia

Pois que tem visão a distancia

Nada nele perece porque não o vistes mais o sentistes

Nele tudo se move vive e existe...

Jasper Carvalho
Enviado por Jasper Carvalho em 15/01/2013
Código do texto: T4085327
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