Vales do amor
Os vales do amor
Não são para sempre
Acidentes ou passagens
Dos inconscientes
Não valem a cor
Não valem miragens
Não valem o sabor
Somente a paisagem
Os vales por traz
De muitas montanhas
Baixios que jaz
Em nossas entranhas
À sombra dos altos
Picos dos morros
Os vales se assolam
De rios caudalosos
Suas águas tão frias
Desmancham-se em pedras
Corredeiras loucas
Remansos que regam
Sombrios recantos
Silêncios profundos
Os vales do amor
Resvalam nos nossos mundos