Magrela
Quem sabe um dia consigo descrever sua importância,
Quem sabe um dia consigo falar sem ignorância,
E ver aqueles olhos redondos, castanhos e belos,
Tentando dizer algo singelo.
Quem sabe até termine este poema no mesmo dia,
E possa recitá-lo com minha voz fria,
Falando perto do seu ouvido num tom grave, o que ela já sabe:
És minha magrela, mais bela que uma jade.
Não é difícil descrever mulher assim,
De curvas sinuosas, boca macia,
Sorriso encantador,
Que encanta qualquer predador.
Difícil é mantê-la a salva de um mundo
Imundo que não nos deixa respirar,
Sozinhos, em harmonia no nosso lugar,
Fácil, é estar ao seu lado,
Corpo colado
Abraço apertado
Olhando o luar.
E mesmo após o fim da vida,
Algo nos reserva no pós-ida,
Minha brincadeira de rimar deu-se por terminar,
Homenageando à alguém que gosto de amar,
Perfeita com seus defeitos,
Mudando conceitos ao seu respeito,
Carinhosa, linda e amável,
Ela é simplesmente
Inefável.
Assis Neto