Minha Imperfeição
Assumo a minha imperfeição com a naturalidade da água que desce a encosta ao encontro certo dum caudaloso mar multicolorido por águas tintas de vivência, vitórias e fracassos como de qualquer vida que navega muitas vezes ao sabor do acaso, do imprevisível, imponderável e até muitas vezes implausível.
Assumo a minha imperfeição com a naturalidade dos pássaros que cantam ao alvorecer, que migram a cada estação procurando alento em qualquer canto que seja seu por instantes, dias, semanas e sabendo apenas que pertence ao céu infinito azul que baila sobre todos nós.
Assumo a minha imperfeição com a naturalidade do inverno que chega cobrindo tudo com um frio avassalador que gela por vezes até mesmo o coração humano, mas que sabe o momento de curvasse a primavera que veem nos braços das flores pintando os campos como o artista pintando suas telas.
Assumo a minha imperfeição com naturalidade, imperfeição de amar em plenitude, não por não o querer amar, mas por saber o quão pequenina sou como a água da encosta ao chegar ao mar, como o pássaro na imensidão do céu, como o inverno diante da beleza impar da primavera.
Jin Oliveira
Araci –Bahia 13 de janeiro de 2013
Paulo Coutinho, fico muito grata, meu amigo pelos primeiros versos da poesia (Só extramudei umas coisinhas) eu disse que viraria uma poesia não disse?!