NOITE INTERIOR

loucos dessegredos agitam a memória

é o fim da noite interior

quando as flores edênicas chegam pelo sopro divino

que inventou a poesia ao degustar sua nudez de cor e flama

porque você trouxe majestade ao amanhecer

que encontrou o sangue no café dos deuses

por você as borboletas vieram do susto e do amor

nas alturas em que o perdão é a vitória secreta

de quem rasga saudades pelos raios das oníricas tempestades

então, boquiaberragens depravam o silêncio

aonde crença é conhecer o mergulho

e só a sua lembrança crava incêndios na lua do meu olhar