MAIS

“MAIS”

Mais,

É bem capaz...

De se falar em certeiro,

De amor caminheiro...

Sobrevivendo-o

Que abastece os sonhos;

Que abasteça os encontros,

Em que te pensei,

Em um conto...

De dar-se em mãos.

Eu te sonhei mais,

Em encontrões e ciladas,

Desapontadas em novos vais

Apontadas com o mais grandioso,

Eu te vivi em consolo,

Eu sou o que tomo,

E o que ama ademais!

Que te ama demais...

Em ruptura a um céu nebuloso

Com o dengoso ato,

Grandioso passo

De ter-se em fato,

Ao declarar em destrato,

Que meu trato,

E me trago ao retrato

Que é divagar e devagar

É amar-se em devoção!

Devotar-se a tudo que tenho...

E a tudo que penso,

Pois,

É o recomeço,

Do começo em que reconheço,

Que aconteço,

Porque acometo sem mais!

Mesmo à atenção;

Na tensão do corte;

Do decote,

Dos meus olhos em precisão.

Procissão, sorte...

De quem se decore,

Das flores que se recobrem,

Dos favores que se cobre,

Para que lhe chamem a atenção!

Omar Gazaneu
Enviado por Omar Gazaneu em 12/01/2013
Código do texto: T4081486
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