Sob a Flâmula do Mais Temido dos Feitiços
Madrugada silenciosa
Uma nuvem escura encobre a lua minguante
Ao fundo, na cidade, luzes de casebres que se apagam aos poucos
Até que fique totalmente no breu
E a única luz que enxergo é você em meus pensamentos
Seu sorriso, seu olhar
Com dramaticidade Shakespeariana dou voltas e voltas no corredor
Proferindo os seguintes versos:
“Tu não sais da minha mente
Ó insano feitiço aparente
Da feiticeira que jamais quis me enfeitiçar
Sou o mais fraco dos homens
Ajoelhado perante vós
Deite sua espada afiada, de amor vermelho vivo sobre minha nuca
Decapite-me, sou seu troféu sem valor, martirizado pelo pranto do amor
Pertenço à dama de poucas palavras e sorriso sincero
Entregue a ela meu coração em um frasco
Para que jamais saia de suas vistas, o que tenho de mais puro
E que jamais seja esquecido
Eu que a tanto tempo esqueci como é apaixonar-se
Eu que quase nunca uso a palavra amor
Vejo-me encantado pela mais bela filha do rei da montanha
Estou perdido, estou perdido…”
Slagt ham! - Slagt ham! - Berra meu Troll interior
Clamando pela punição que mereço
“Está feito, está feito…
Não devia amar, mas amo-te
O que farei agora que já perdi a cabeça?