Poema velho

Rai Nonato

Meus poemas envelhecem em pedaços,

Cada pedaço verteu do meu coração claustro,

São como grãos d’ areias aglutinados

Em um pequeno espaço etéreo

São alinhavos de amor, dores e lembranças,

São colchas remendadas com traços e dedos,

Veias de pano do travesseiro adormecido

Assim como teus olhos que crescia aos encantos,

Escrevi poemas que me sangraram os dedos

Mesmo adormecendo no sol desiludido.