Favo de mel
Sempre que te ouço,
úmido... telúrico...
nas entrelinhas da memória
entre os meus vazios,
sinto-te pássaro
pousando em meu coração...
Quando sopras-me carinhos,
não sei se desfilas em mim
ou se valso em teu palato...
- Sinto o tatear-me por dentro -
Talvez tua voz
seja um beijo que o vento sonhou,
n'um canto para alem das linhas,
talvez tua palavra morna seduza brisas...
Talvez a mão do destino
tenha o desenhado,
apenas - amor e poema -
reverberando em sagrado céu
Sei que quando me recitas
entre teus ais e pupilas,
és-me sonho e alumbramento,
onde me aconchego, a doar-me
e a sorver teu dourado mel...
Denise Matos
úmido... telúrico...
nas entrelinhas da memória
entre os meus vazios,
sinto-te pássaro
pousando em meu coração...
Quando sopras-me carinhos,
não sei se desfilas em mim
ou se valso em teu palato...
- Sinto o tatear-me por dentro -
Talvez tua voz
seja um beijo que o vento sonhou,
n'um canto para alem das linhas,
talvez tua palavra morna seduza brisas...
Talvez a mão do destino
tenha o desenhado,
apenas - amor e poema -
reverberando em sagrado céu
Sei que quando me recitas
entre teus ais e pupilas,
és-me sonho e alumbramento,
onde me aconchego, a doar-me
e a sorver teu dourado mel...
Denise Matos