Favo de mel
 
Sempre que te ouço,
úmido... telúrico...
nas entrelinhas da memória 
entre os meus vazios,

sinto-te pássaro
pousando em meu coração...
 
Quando sopras-me carinhos,
não sei se desfilas em mim
ou se valso em teu palato...

- Sinto o tatear-me por dentro -

 

Talvez tua voz
seja um beijo que o vento sonhou,
n'um canto para alem das linhas,
talvez tua palavra morna seduza brisas...

 
Talvez a mão do destino
tenha o desenhado,
apenas - amor e poema -
reverberando em sagrado céu
 
Sei que quando me recitas
entre teus ais e pupilas,
és-me sonho e alumbramento,
onde me aconchego, a doar-me
e a sorver teu dourado mel...






Denise Matos
DENISE MATOS
Enviado por DENISE MATOS em 10/01/2013
Reeditado em 10/01/2013
Código do texto: T4077223
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