O AMOR É ETERNO

Nada é pra sempre

Só o nosso amor radiante é sempterno

É sopro que não morre inclemente

São nuvens do tempo eterno

Elo que vela céu e terra

É canto de passarinho

Que a tarde trina baixinho

Vendo a chuva passar devagarzinho

E se aninha no ninho

A bramir na lápide finzinha do dia

A negra flor da noite que se anuncia

E se aquece em súbitas estrelas

Num só redemoinho

Como prosa emplumada na poesia

Pra se enamorar num gesto infindo

Como uma lagarta a medir seus passos

O passado vai ficando pra trás se contraindo

E o futuro vai se expandindo

Na sanfona da contração

É remanso infinito

Que dando as mãos

Pra qualquer lugar

Já se vão sumindo

Pois que sabem

Que seu mundo

Não é só de beijar o chão...

Jasper Carvalho
Enviado por Jasper Carvalho em 10/01/2013
Reeditado em 10/01/2013
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