Por quê?

Fiz o que deveria ter feito.

Falei o que deveria ter falado.

Agi como deveria ter agido.

Por que estou tão inquieta?

Por que meu espírito

não se assenta?

Por que não consigo

me desprender por inteiro?

Por que viajo

nas asas das borboletas?

Por que me agito

quando a tarde cai?

Por que esse desassossego

quando o vento sopra?

Por que a melancolia,

se o dia amanhece?

Por que esse o olhar perdido

se a vida caminha?

Por que não sinto o sol

refletir na varanda?

Por que não acolho com o olhar

as plantas que brotam?

Preciso saber por que estou assim.

Preciso saber por que esse ponto final,

insiste em ser reticências....

Déa Miranda
Enviado por Déa Miranda em 10/01/2013
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