Quem sabe
Eu sou o passarinho
Que viu a semente do seu olhar
ser jogada em minha terra.
De longe, quase à contragosto
Vi-a brotar lentamente
Enquanto sua ansiedade levou-te
À arvores crescidas
Você não voltou pra ver
Como sua semente gerou
Mas eu estive o tempo inteiro...
Ela já floresceu
E invernou...
Agora mesmo queria abrigo
Mas os galhos da saudade me machucam...
Quem sabe, meu amor...
Quando a Primavera voltar
E nossa história for escrita
Nas folhas das árvores.
E nossos dias de glória
Em cada rosa perfurmada,
Em frutos doces.
Quem sabe você voe pra cá
E me encontre aqui...
pra você!