O RETRATO
O RETRATO
Jaz entre teias de aranha e poeira
Carcomida pelo tempo e solidão
A estampa de um rosto sem definição
Sempre foi meu amor... a primeira
Não se vê mais a boca nem o nariz
Os olhos antes negros e vivazes
Foram devorados por cupins vorazes
Hoje a fotografia não tem matiz
Apesar de tudo amo quem ela representa
Reconheço nela antiga fragrância
Do nosso doce amor de infância
Que nunca acaba... ainda assim aumenta
N. B. Inspirado no texto “A FOTOGRAFIA” da poetisa MARIA ARANILDA