QUANDO SE AMA...

Quando surpreendentemente se ama,

não se tem vez e perde-se no tempo:

a força de refletir e o querer pensar,

a vontade é vadia um reles fragmento,

se perde no tempo a vontade de lutar,

o perdão é presente e não se reclama...

o sono chega, fantasticamente se sonha,

e num belo hábito o sonho retorna.

As lágrimas molham: o lençol e a fronha,

que saem e jorram, quentes ou mornas,

saudades prematuras de quem se ama,

falta-nos o ar, pois, o pulmão inflama...

a musica preferida invade e nos une,

as luzes são odiadas ao acenderem,

o coração canta, vibra e nos reúne,

o corpo a alma e a mente se fundem,

quando se ama, nosso sentido clama,

a paixão transborda e o amor inunda,

há poça n'alma significativa, profunda,

sentimentos crescem: quando se ama...

se brinca, se jogam nas ruas as estrelas,

a lua é diminuta, mas, insistimos em vê-la,

o sol desponta, nosso clamor reclama,

não esquecemos o primeiro beijo,

e nem a noite do perigoso desejo,

sorrimos, choramos, QUANDO SE AMA!

Domingo Lage
Enviado por Domingo Lage em 08/01/2013
Reeditado em 23/04/2017
Código do texto: T4074422
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