QUANDO SE AMA...
Quando surpreendentemente se ama,
não se tem vez e perde-se no tempo:
a força de refletir e o querer pensar,
a vontade é vadia um reles fragmento,
se perde no tempo a vontade de lutar,
o perdão é presente e não se reclama...
o sono chega, fantasticamente se sonha,
e num belo hábito o sonho retorna.
As lágrimas molham: o lençol e a fronha,
que saem e jorram, quentes ou mornas,
saudades prematuras de quem se ama,
falta-nos o ar, pois, o pulmão inflama...
a musica preferida invade e nos une,
as luzes são odiadas ao acenderem,
o coração canta, vibra e nos reúne,
o corpo a alma e a mente se fundem,
quando se ama, nosso sentido clama,
a paixão transborda e o amor inunda,
há poça n'alma significativa, profunda,
sentimentos crescem: quando se ama...
se brinca, se jogam nas ruas as estrelas,
a lua é diminuta, mas, insistimos em vê-la,
o sol desponta, nosso clamor reclama,
não esquecemos o primeiro beijo,
e nem a noite do perigoso desejo,
sorrimos, choramos, QUANDO SE AMA!