O chão do meu deserto
Com meus cumprimentos rebelo
A estação com a laringe fadigada,
De tanto tocar no céu de uma boca!
Na qual lá esconde um deserto árido,
Enxuto nas dimensões, mas sem placa para
Localização em caso de perca, uma trajetória
Na qual encaixa o desejo (substância sápidas),
Suas lojas, tamanhas vitrines da alma, reflexos
Do espectro abusado.
Ah! Se o chão não transfigurasse saliva,
Acomodar-nos-íamos, sem ranger de dentes,
Numa cama de língua...
Sem saber se é noite ou dia, pura poesia,
Nas ruas do sorriso, em uma boca aonde,
Pendura o infinito.