O chão do meu deserto

Com meus cumprimentos rebelo

A estação com a laringe fadigada,

De tanto tocar no céu de uma boca!

Na qual lá esconde um deserto árido,

Enxuto nas dimensões, mas sem placa para

Localização em caso de perca, uma trajetória

Na qual encaixa o desejo (substância sápidas),

Suas lojas, tamanhas vitrines da alma, reflexos

Do espectro abusado.

Ah! Se o chão não transfigurasse saliva,

Acomodar-nos-íamos, sem ranger de dentes,

Numa cama de língua...

Sem saber se é noite ou dia, pura poesia,

Nas ruas do sorriso, em uma boca aonde,

Pendura o infinito.

Renato Narciso
Enviado por Renato Narciso em 08/01/2013
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