MAR! AMAR!

Almejar... amar ao mar!

Singrar... não ver o tempo passar!

Despojar nas praias do seu corpo, ávido!

Sentir a brisa úmida da sua boca, impávido!

Flutuar nas ondas do seu ventre... e delirar!

Ar! Mar! Amar!

Velar, revelar e velejar!

Balouçar na maré arfante da sua respiração,

abrasar no calor ardente da sua transpiração,

espraiar na ilha dos teus braços... e naufragar!

Oh, mar! alma de amor!

Oh, dilúvio abarcador!...

Seus segredos são profundos

e a sua beleza encanta mundos!

Se não teme os fatores adversos,

que dirá dos fenômenos dos meus versos?!

que imerso no seu universo,

faz, da sua grandeza, o mirante

transportar-se além do horizonte!

Mar - Amar!

confluência singular:

se revolto, assusta, mas fascina;

se calmo, receia, mas anima!

São tormentas que acalmam

e calmarias que atormentam!

Ó maré! que flui e influi a favor,

permita-me, pois, sonhar sem receio

e amainar, ao seu balanceio,

neste seu mar mor de amor!

Genilton Vaillant de Sá
Enviado por Genilton Vaillant de Sá em 08/01/2013
Reeditado em 08/01/2013
Código do texto: T4073458
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