Preciso saber... Mais... Preciso sentir.

Poderia escrever-te um poema piegas...

Poderia citar algum autor famoso...

Poderia te indicar uma música, um filme...

Mas como isso poderia fazer a qualquer momento:

Ao telefone, nas conversas cibernéticas, nas mensagens eletrônicas, nos nossos raros (des)encontros ...

Opto por este misto de poesia e de prosa escrito por minhas mãos ...

O que é isso? Preciso saber...Preciso sentir

Rompantes de desamores passados e presentes se personificando numa relação incógnita?

Uma tentativa de viver a vida intensamente, esquecendo por momentos tudo o que nos cerca? Um Carpe diem deturpado ou repaginado?

Uma aventura pra dois? Hum... Ou pra um?

Um desapego seletivo e insistente ? um apego ingênuo , singelo e ...

Subversão? De que? Por quem? Pra quê? E... pra quem?

Perigo ilusionário? Perigo real? Pra quem(s)?

Transtorno da mente, da alma e do espírito ? Tem cura???

Um laboratório constante... Onde um é mestre e o outro aprendiz?

Ou somos ambos aprendizes?

Mais um entretanto’s ou o primeiro de muitos?

Sentimento(s)... qual(is)?

Incertezas... muitas! Certezas... precisamos tê-las?

Uma tortura sutil... silenciosa e crescente...

Mas sabia, sabia que corria riscos... E porque investir???

O medo foi camuflado, mas está latente e ora (re)surje nos pensamentos , nas memórias, nas palavras registradas...

E se transforma ora em conformismo... ora em desestímulo... ora em tentativa de desapego ... apertando... machucando...

As dúvidas pairam. Elas instigam, mas também machucam. Dão esperança, mas também a castram...

Talvez um erro... Uma precipitação??? Quero saber... preciso saber... preciso sentir!

Cobrança... intencionalidades diversas... até que ponto é possível?

Minha cabeça... Como está? Menti.

Mais uma vez querendo superar a força da emoção

E prevalecer na razão...

Meu coração ... Apertado... Batendo inseguro e com medo... e querendo aprender a bater num ritmo melodioso ...

Aprendendo a não calar...aprendendo a cantar...

Preciso saber... Mais... Preciso sentir.

Ângela Maria Pereira.

11 de fevereiro de 2007.